terça-feira, agosto 15, 2006


TRANSCRIÇÃO DO FILME
“QUEM SOMOS NÓS”


No inicio só havia o vazio, transbordando com infinitas possibilidades das quais você é uma. O que está acontecendo...e por que estou aqui? De onde nós viemos? O que faz a física quântica? Física das possibilidades.
O cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente, e suas lembranças. O mundo como observamos, o mundo que nos cerca...
Todas as realidades existem simultaneamente? Há possibilidade de que todas as verdades existam lado a lado? Quem somos? De onde viemos? O que devemos fazer? E para onde vamos? Porque estamos aqui? Está é a questão fundamental não é? O que é a realidade? O que eu achava irreal, hoje para mim é mais real de certa forma do que as coisas que vejo como reais, mas agora parece que são mais irreais.
A física quântica falando de uma maneira bem sucinta é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente com relação a nós. Se existe uma diferença entre o modo do mundo nos sentir e como ele realmente é. Você já parou para pensar de que os pensamentos são feitos?
Eu penso que o que estamos vendo nas crianças de hoje, é um sinal de que a cultura está no paradigma errado e não se aprecia o poder dos pensamentos. Todas as épocas e todas as gerações têm suas próprias suposições. O mundo é plano, o mundo é redondo, etc. Existem centenas de suposições que acreditamos ser verdadeiras, mas que podem ou não ser verdadeiras. Claro que historicamente, na maioria dos casos, não eram verdadeiras.
Se tomarmos como guia a história, podemos presumir que muitas coisas em que acreditamos como verdades sobre o mundo podem ser falsas. Estamos presos a certos preceitos e não nos damos conta disso. È um paradoxo.
O materialismo moderno tira das pessoas a necessidade de se sentirem responsáveis. Assim como freqüentemente a religião. Mas eu acho que se você levar a mecânica quântica a sério, verá que ela coloca a responsabilidade nas nossas mãos e não dá respostas claras e reconfortantes. Ela só diz que o mundo é muito grande e cheio de mistérios. O mecanismo não é a resposta, mas não vou dizer qual é a resposta, pois você tem idade o suficiente para tomar as suas decisões.
É hora de ficar esperto. Porque continuamos a recriar a mesma realidade? Porque continuamos tendo os mesmos relacionamentos? Porque continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?Nesse mar infinito de possibilidades que existem a nossa volta, porque continuamos recriando as mesmas realidades? Não é incrível que temos opções e potenciais existentes e não temos consciência deles? É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criamos nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?
Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora.
Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço da realidade física. Esse outro pedaço pode ser a gente, claro que somos parte desse momento, mas não precisa ser necessariamente ser. Pode ser uma pedra que venha voando e interaja com toda essa bagunça de coisas e com certeza provocando a entrada num estado particular de existência.
Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de uma pessoa a Pet Scanners e computadores e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver certas partes do cérebro sendo ativadas. E então ao pedirmos para fecharem os olhos e agora imaginarem o mesmo objeto, e quando elas imaginam o mesmo objeto as mesmas áreas do cérebro se ativarão como se estivessem vendo os objetos.
Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade? É o que vemos com nosso cérebro? Ou o que vemos como nossos olhos? A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados. Então de vemos nos questionar: O que é realidade?
Somos bombardeados por grandes quantidades de informação que quando entram no seu corpo são processadas pelos seus órgãos sensoriais e a cada passo parte da informação vão sendo filtradas e eliminadas. O que finalmente chega na consciência é o que serve para a pessoa.
O cérebro processa 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só tomamos conhecimento de 2000 bits. E esses 2000 bits são sobre o que está ao nosso redor, nosso corpo e o tempo.
Vivemos em um mundo onde só enxergamos a ponta do iceberg. A ponta clássica de um imenso iceberg de mecânica quântica. Se o cérebro está processando 400 bilhões de bits de informação, mas só recebemos 2000 bits, significa que a realidade está acontecendo a todo o momento no cérebro, mas nós não à integramos.
Os olhos são como lentes, mas o que realmente está enxergando é a parte de trás do cérebro. É o córtex visual, igual à câmera. Você sabia que o cérebro imprime o que ele tem a habilidade de ver? Agora isso é importante, por exemplo, essa câmera está vendo muito mais ao seu redor do que o que está aqui, porque ela não faz objeções e julgamentos. O único filme que está passando no cérebro é do que temos a habilidade para ver. É possível que nossos olhos, nossa câmera, enxergue mais do que o nosso cérebro tenha a habilidade de conscientemente projetar?
Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível. Nós associamos padrões que já existem dentro de nós, através do condicionamento.
Nós criamos a realidade, somos máquinas que produzem realidade, nós criamos os efeitos da realidade o tempo todo. Sempre perseguimos algo após a reflexão no espelho da memória.
Se estamos ou não vivendo em um grande mundo virtual é uma pergunta para a qual não temos boa resposta, eu penso que é um grande problema filosófico e temos que lidar com ele em termos do que a ciência diz do nosso mundo, pois somos sempre o observador na ciência. Assim, ficamos ainda limitados ao que o cérebro humano capta que permite vermos e percebermos as coisas que fazemos. Então é concebível que isso tudo é somente uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para ver a verdadeira realidade lá fora.
Seu cérebro não sabe distinguir o que está acontecendo lá fora do que acontece aqui dentro. Não existe o “lá fora” independente do que está acontecendo aqui dentro. Na verdade existem escolhas no caminho que a vida pode tomar. Elas são possíveis em pequenos níveis de efeitos quânticos que não se perdem.
A matéria não é o que pensávamos ser. Os cientistas viam a matéria como fundamental, algo extático e previsível. As partículas ocupam um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas fundamentais. O resto é vácuo.
Parece que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo. Para onde vão quando não estão aqui? Essa pergunta é complicada. Vou dar duas respostas. Número um vão para universos alternativos, onde as pessoas fazem a mesma pergunta quando elas somem e vem para cá. “Para onde elas foram?”.
O grande mistério é o da direção do tempo. De uma certa forma, as nossas leis fundamentais da física não fazem distinção entre passado e futuro. Por exemplo, um quebra cabeças do ponto de vista das leis da física. Por que nós somos capazes de lembrar do passado e não temos o mesmo acesso epistemológico com o futuro?
A maior parte do universo está vazia. Gostamos de imaginar o espaço como vazio e matéria como sólida. Mas na verdade não tem essencialmente nada na matéria. Ela não possui substância. Dê uma olhada num átomo. Pensamos nele como uma bolinha sólida. Então, dizemos: - Bem não realmente. Na verdade é esse pontinho pequeno com matéria densa no centro cercado por uma nuvem fofa de elétrons que aparecem e desaparecem da existência. Mas acontece que tal descrição também não está correta. Até o núcleo, que pensávamos ser tão denso, aparece e desaparece na existência como elétrons.
A coisa mais concreta que se pode dizer sobre essa matéria desprovida de substância é que é mais como um pensamento, um bit de informação concentrada.
De que são feitas as coisas? Não são mais coisas, as coisas são feitas de idéias, conceitos e informações. Você nunca toca em nada. Os elétrons criam uma carga que afasta os outros elétrons antes do toque. Ninguém toca em nada.
Somente na experiência consciente parece que estamos avançando no tempo. Na física quântica podemos voltar no tempo.
Quando não olhamos, há uma onda de possibilidades, quando olhamos só existem partículas. Uma partícula, que pensamos ser algo sólido, existe no que chamamos de superposição, espalhando uma onda de possíveis localizações. Todas ao mesmo tempo. E quando você olha, ela passa a estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo. É um conceito muito bizarro, um dos pilares da física quântica.
O mundo tem várias formas de realidade em potencial até você escolher. Tem que escolher o que quer. Pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo, experimentando várias possibilidades, até elas convergirem para apenas uma.
Como pode um sistema ou objeto estar em dois lugares ao mesmo tempo? É muito fácil. Ao invés de pensarmos nas coisas como coisas, nós todos temos o hábito de pensar que as coisas que nos cercam já são objetos, que existem sem a minha contribuição, sem a minha escolha. Você precisa banir essa forma de pensar, tem que reconhecer que até o mundo material que nos cerca, as cadeiras, as mesas, as salas...todos não são nada além de possíveis movimentos da consciência.
E estou escolhendo momento a momento dentre esses movimentos, para trazer minha experiência atual a manifestação. Esta é a única maneira radical de pensar que precisamos compreender, mas ela é tão radical e tão difícil e tão difícil, pois nossa tendência é achar que o mundo já existe, independente da minha experiência. Mas não é assim e a física quântica é bem clara. O próprio Heisenberg depois da descoberta da física quântica, disse que os átomos não são objetos, são tendências. Ao invés de pensar em objetos você deve pensar em possibilidades. Tudo é possibilidade subconsciente.
Sabemos o que um observador faz, do ponto de vista da física quântica, mas não sabemos quem e o que o observador é na verdade. Temos tentado encontrar uma resposta. Entramos na mente, entramos na cabeça, entramos em todos os lugares usando todos os recursos que temos para acharmos algo que possa ser o observador. Mas não achamos nada no cérebro. Nada na região do córtex. Nada no sub-cortex. Não identificamos um observador lá. Mas mesmo assim temos a sensação de sermos tais observadores, observando o mundo lá fora. Seria esse o observador? E porque é tão complicado entender esse mundo louco e estranho de partículas quânticas e o modo como reagem?Esse seria o observador?
Para mim o observador é o espírito que está dentro da nossa roupa biológica. É como o “fantasma da máquina”. É a consciência que está dirigindo o veiculo e observando os arredores. As quatro camadas do corpo biológico têm todos os tipos de sistemas e sensores para captarem os sinais ao seu redor.
A realidade já tem existência própria, feita de objetos materiais que se movem de acordo com leis determinísticas e a matemática determina como vão comportar-se em determinada situação. Eu, o experimentador, não tenho papel algum. Na nova visão sim, a matemática pode nos mostrar algo. Ela nos mostra possibilidades que todos esses movimentos podem assumir. Mas não nos pode dar a experiência real que eu terei...na minha consciência.Eu que escolho tal experiência. Dessa forma, literalmente eu crio minha própria realidade. Pode parecer uma tremenda afirmação bombástica de alguém da nova era sem nenhum conhecimento de física, mas a física quântica esta nos dizendo isto.
Você já parou para pensar do que os pensamentos são feitos? Existe uma substância nos pensamentos? Depende do que você considera real. O mundo sendo possíveis linhas de realidade até você escolher.
Todas as realidades no campo quânticas existem simultaneamente? Existem literalmente diferenças no mundo onde vivemos. Há o mundo macroscópico que vemos, o mundo de nossas células, o mundo de nossos átomos....esses são mundos completamente diferentes. Eles possuem sua própria linguagem, sua própria matemática. E não são apenas pequenos. Cada um é totalmente diferente, mas se complementam. Pois eu sou meus átomos, mas também sou minhas células. A minha fisiologia microscópica é verdadeira, só que com diferentes níveis. O nível de verdade mais profundo descoberto pela ciência e filosofia, e a verdade fundamental da nossa realidade, você e eu somos um só.
Quando acordo, conscientemente crio meu dia do jeito que quero que ele seja.As vezes, como minha mente está examinando as coisas que preciso fazer, demora um pouco até eu chegar ao ponto que interessa, que é a intenção de criar o meu dia. Mas depois que crio o meu dia, pequenas coisas inexplicáveis acontecem. Sei que os processos ou os resultados da minha criação. E quanto mais faço isso, uma rede neural no meu cérebro vai se construindo, me fazendo aceitar que aquilo é possível me incentivando a repetir tudo no dia seguinte.
Qual é o único planeta na via Láctea em que seus habitantes estão impregnados e subjugados pelas religiões? Você sabe o porque disto? É para as pessoas estabelecerem o que é certo ou errado?Se eu fizer isso, serei castigado por Deus. Se eu fizer aquilo serei recompensado. Isso é uma descrição muito pobre que tenta mapear um caminho para seguirmos na vida, mas com resultados lamentáveis. Pois realmente não existe algo como “bom” ou “mau”. Dessa forma estamos julgando as coisas de um modo muito superficial.
Isso quer dizer que está tudo liberado e você está livre para pecar? Não!!! Simplesmente significa que temos de aprimorar nosso entendimento com o que estamos lidando aqui. Existem coisas que eu faço e sei que me evoluem. Existem outras coisas que não vão me evoluir. Mas não há “bom” ou “mal”. Deus não vai punir pó ter feito isso ou aquilo. Não existe um Deus condenando as pessoas. Todos são deuses. Ao mesmo tempo Deus é um nome para explicar as experiências que temos no mundo que de alguma forma são transcendentais, que de alguma forma são sublimes.
Eu não faço idéia do que Deus seja. Contudo, eu acredito que deus exista, que é muito real essa presença chamada Deus. Só não sei como definir Deus. Ver Deus como uma pessoa, ou como algo....eu não sei como explicar.
Pedir para um ser humano explicar o que é Deus é o mesmo que pedir para o peixe explicar a água em que nada. Deus é a superposição de todos os espíritos, de todas as coisas. Somos Deuses que estão construindo, e temos que seguir por este caminho até o dia em que iremos amar o intangível da mesma forma que amamos nossos vícios. A única maneira de estar sempre bem comigo mesmo não é cuidando do meu corpo, mas sim cuidando de minha mente.
Bem vindo ao reino dos céus. Sem julgamento, sem ódio, sem provas, sem nada. O fato de simplesmente existirmos permitiu que esta realidade que chamamos de real, a partir do poder da intangibilidade arrancasse da inércia, a ação/caos e a prendesse em sua forma que chamamos de matéria.
Como podemos verificar os resultados?
Temos que viver nossa vida e reparar se de algum modo nossa vida mudou. E, se logo tiver mudado, nos tornamos os cientistas da nossa vida, que é a principal razão de estarmos aqui. Não tomar isso como verdade absoluta. Experimente e veja de é verdade.
Reflita um pouco sobre isso.

terça-feira, agosto 08, 2006


A INVEJA NA VIDA COTIDIANA



Sentimento de ressentimento por alguém estar à frente.
O sentimento de mortificação e malevolência ocasionado pela contemplação de vantagens superiores de outrem.

O indivíduo invejoso não consegue reunir nada positivo nem elogiar nada do outro sem dizer, “sim, mas...” e encontra sempre uma razão para duvidar da pessoa ou derruba-la, e como há sempre motivos para criticar alguém, já que a perfeição não é inata, a inveja passa desapercebida.
Este sentimento pode se expressar de várias formas, sendo o mais insidiosa a que quer destruir o que o outro tem. Pergunte à um invejoso o que ele desejaria se o seu inimigo pudesse ganhar o dobro e ele dirá: “Fure-me um olho”.Pode-se inclusive invejar a consciência tranqüila de outros, fazendo de tudo para perturbar seu estado de espírito.
O que uma pessoa verdadeiramente invejosa não pode suportar é o sucesso e o prazer do outro. É possível que não consiga também receber algo bom de outra pessoa, terá dificuldade de usufruir um beneficio dado por outro e não conseguirá expressar gratidão.
E é por isso que se torna difícil para ele aprender e ouvir. Ele terá dificuldades de receber qualquer tipo de coisa, até ajuda alheia, sendo incapaz de reconhece-la e de beneficiar-se com ela. O dialogo torna-se unilateral e o invejoso não consegue deixar o outro falar, dominando a conversa, tomando conta do assunto, porque não consegue tolerar ouvir coisas interessantes e engraçadas vindas de outro. Sua capacidade de amar é afetada com isso.
Nos construímos nosso caráter colocando dentro de nós (introjetando) nossas relações iniciais com nossos pais e figuras próximas da nossa infância da forma como as experimentamos e a maneira como sentimos o nosso respeito está de acordo com o mundo que construímos, o nosso mundo interno. Se a inveja impede que o individuo construa relacionamentos bons, calorosos e confiáveis, todo o seu mundo interno e seu caráter, será influenciado e é provável que ele fique, de acordo com isso, inseguro. Essa insegurança ou sentimento de inadequação aumentará o ódio dos outros que se sintam mais confortáveis, mais confiantes e mais estáveis. E assim a insegurança incrementa a inveja e nós ficamos com um círculo vicioso.
E daí, surgem outros problemas. A pessoa invejosa e espoliadora em seus relacionamentos, ainda que seja de forma oculta, inclusive para si mesma, sentirá o mundo hostil e se tornará desconfiada e paranóide em relação a outras pessoas. Seu mundo assim se torna mais desagradável, e ela fica mais na defensiva e incapaz de usufruir qualquer coisa. O invejoso passa à não ter prazer real algum na vida. Quando elas têm boas experiências e prazer, ocorre que elas poderiam ter mais, ou poderiam ter alcançado isso antes, ou que outra pessoa tem melhor ou que há algo de errado.
Outro recurso de defesa do invejoso é colocar o invejado num pedestal, tornando-se impossível uma comparação. Também pode se colocar num papel tão inferior e limitado, desvalorizando seu Self, aumentando a distância entre si e a outra pessoa. O problema é que esse recurso acaba não funcionando porque transforma o invejoso num hipócrita ou deprimido.
Outra característica do invejoso patológico é que ele evita e restringe sua vida social com medo de que aqueles sentimentos tão bem guardados e insuportáveis para sua psique possam vir à tona na interação. Mais uma prova de que o relacionamento com os semelhantes contribui para evolução, visto que tem o poder de trazer à tona estados emocionais que, por estarem estagnados em algum canto escuro da mente atrapalham a real experiência do ser.
Aplicando essas considerações no nosso cotidiano, encontramos coerência em muitas atitudes das pessoas e de nós mesmo. Mas a grande questão é que não basta saber o porque de nossas ações e sim entender o mecanismo pela qual ela continua a atuar, mesmo depois de trazer à consciência. Se o ego faz um esforço enorme constantemente para se defender, colocando em lugar seguro e inacessível os conteúdos ameaçadores para sua própria existência e com isso prejudicando o desenvolvimento da consciência, como burlar seu mecanismo, deixando os conteúdos emergirem para serem trabalhados?
Acredito que esteja envolvida nesse processo alta dose de determinação e coragem. Deveríamos nos imbuir das características dos grandes heróis que habitam nossa mente arquetipica para encarar e vencer tão horrendas criaturas que habitam no nosso próprio mundo interno. É possível que este seja o principal desafio da nossa existência e quando finalmente alcançado depois de grandes batalhas, sejamos recompensados com a satisfação de termos conseguido cumprir tão magnífica tarefa, tornando–nos iluminados pela luz de uma consciência integrada.


Bibliografia:

Klein, Melanie – A inveja na vida cotidiana
Vida Simples – Por uma vida mais sábia